segunda-feira, 27 de novembro de 2006

O Velho - Parte II



Começou a chover…

E por momentos até me esqueci do que estava ali a fazer.

O meu olhar continuava preso aquele velho, a escuridão da tarde aumentava, enquanto as gotas de chuva passavam a lençóis de água, a pouco e pouco comecei-me a sentir fria, molhada dos pés à cabeça.

A força extrema da Natureza abateu-se sobre aquele ser frágil ali sentado à minha frente, os meus olhos não conseguiam desviar-se dele, deles saltavam as lágrimas. A minha alma em choque queria proteger aquele ser, enquanto continuava a ser chicoteada pela chuva.

De repente o doce senhor sorri para mim, e eu de repente sinto uns braços quentes e fortes a abraçar-me e a chuva a deixar de cair em cima da minha cabeça.

“Amor que estás a fazer aqui de pé à chuva? ‘Tás encharcada!”.

O meu último olhar, aquele ser ele sorria-me e eu disfarçava as lágrimas, voltei-me para ti deixei que me abraçasses e fomos embora…



E eu pensei: “Aquele senhor, ele também merecia um chapéu-de-chuva, e um abraço quente…”.




 

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

O Velho



O velho estava sentado à porta da igreja, e eu, do outro lado da rua sentada no banco, pousava pela primeira vez o meu olhar naquele ser.
A primeira vez olhei por acaso, a segunda já foi com alguma atenção, a partir daí o meu olhar prendeu-se.
Eu estava ali no banco.
Sim é verdade, estava, e estava sozinha…
Estava sozinha mas esperava alguém.
Esperava alguém, e profundamente não estava assim tão sozinha.

Aquele ser…
Aquele ser que estava à minha frente, estava sim, mesmo sozinho.
E eu nem sei sequer, se, se tinha a si próprio.
Um ar infeliz, perdido.
Moribundo mas vivamente ardente.
Ainda havia um toque de esperança.

Que teria acontecido aquele velho, aquele senhor?
Olho para ele…
Outrora teria sido elegante, forte, olhar determinado, decidido, dono de si, protector dos seus, abastado até.

Agora, ali sentado na porta da igreja, sem nada, como mais um daqueles mendigos, por quem passamos todos dias nas ruas de Lisboa e nem sequer olhamos, com muita atenção, ou porque nos enojam, ou porque nos metem medo, ou porque tememos ceder à pena que nos invade, qualquer que seja o motivo, a atenção é pouca.

Mas aquele…
Aquele ali, sentado de forma tão característica, aquele não é um mendigo como os outros, aquele é um mendigo de alma.
Pede com os olhos que lhe estiquem a mão.
Não é a carteira, é a mão.


Ele perdeu-se…
Ficou cego, já não vê o caminho.

Sentada no meu banco, enquanto o tempo congelou no relógio, ou então no meu espírito, deixo a minha alma analisar a alma vizinha.
Reparo então na sua mão…
A sua mão limpa, bem-feita, nem grande nem pequena, unhas bem cortadas, nada estragadas, e no seu dedo, no seu dedo um doce fio de
luz dourada.
Espanto-me e não me espanto, acho que o que me espanta é a luz que eu apreendi daquele anel.

Continuo a observar…

Reparo na sua roupa…
A sombra!
Não, não são roupas sujas, nem rasgadas.
São limpas, gastas pelo tempo, gastas.
É assim que aquele ser se encontra!
Gasto!
Gasto pelo tempo, pela tristeza, pela solidão.
Gasto pela rigidez a mais, por aquilo que não aproveitou.

Era gasto que ele estava.
Gasto e só…

O velho começava agora a direccionar o olhar na minha direcção, olhou-me profundamente, com os olhos que pedem, tentou esboçar um sorriso, e o olhar vazio encontrou uma pequena flor.
Eu não desviei o olhar, retribui o sorriso.
O meu sorriso era de solidariedade, ternura?
Não sei bem.

Também que importa?

Foi um sorriso com vontade.

terça-feira, 17 de outubro de 2006

Love is...


Estou-me a sentir sozinha.

Não, eu não me estou a sentir sozinha…

Estou-me a sentir sem ti!

Não, não é sem ti.
É longe de ti!



O fogo ainda queima sem o teu toque,

A chama continua acesa mesmo sem vislumbrar o teu sorriso…



Consome a única coisa que há para consumir,

Um coração cheio…

O oxigénio está sempre no limite,

Atinge a maior concentração quando tu estás.

Sim, só quando tu estás…





Abre-se a janela,

Solta-se o vento.

Acaricia a chama,

Alimenta o fogo…

Tem sustento,

Espalha-se,

Consome…



É alimentado de beijos, olhares, toques, sorrisos…



Tu não estás aqui,

A janela permanece fechada.




O único oxigénio é…

a rosa de amor que está plantada no coração.



“E é amar-te assim perdidamente…”


“…fogo que arde sem se ver.”






 

domingo, 15 de outubro de 2006

Neurose


Há dias assim, sabem?

Não há nada para fazer, e queremos fazer qualquer coisa.

Nada nos interessa fazer!

A verdade é que há dias de “Neurose”!

Hoje estou num deles!



Estou farta do meu computador que só faz o que eu não quero,

Estou farta do msn que decide sair de sessão.

Até me consegui fartar do chocolate que tenho cá em casa,

Apenas porque era um pouco mais negro que o que me estaria a apetecer!



Sim é a “Neurose”…



E de repente como agora no texto mudo para o lado Melodramático.





Lembro-me dos meus amigos,

Dos quais tenho saudades.

Lembro-me da vila,

Estivesse eu lá e pelo menos poderia ir passear até ao castelo.



Lembro-me do meu doce amor.

O meu doce amor que está longe.

Tão longe e tão perto…



Tenho saudades tuas…

Quero o teu abraço!

É verdade…

Estou sempre com saudades tuas,

É como se faltasse um pedaço de mim.

Sempre e sempre…




A “Neurose” dá para isto.

Depressa feliz,

Depressa depressiva.



Queria não estar aqui.

Queria estar lá.

Sim…

No céu, no meu céu.



I want cry.




 

sábado, 16 de setembro de 2006

A melhor coisa das histórias tristes!


Quem disse que de uma história triste não podiam surgir coisas boas???

Quem disse isso é porque ainda não ouviu todas as histórias.

A minha história triste, e a história triste de alguém muito especial, trouxeram algo muito doce.
Sim tão doce como morangos com chocolate quente e chantilly não é Pipokes?!
Sim, trouxe mesmo uma coisa muito boa.

AMIZADE!

Uma amizade quente como o chocolate, doce como o chantilly, versátil como os morangos, divertida como a leve mistura!

A amizade que hoje dá mais cor aos dias, que desperta mais sorrisos.

As histórias tristes que começaram no Inverno, acabaram no Verão.
“Ah e tal, sabes como é, é Verão…”.
A festa de PG, em que cada uma lamentava a sua história.
Sim apoiamo-nos uma à outra, sim aproximou-nos, juntou-nos, tornou-nos amigas, tornou-nos irmãs.

Viste-me nas piores condições, vês-me nas melhores.
Vês-me sorrir, viste-me chorar.

Viste que vivia na ilusão, disseste-me: “Mas tu és melhor que ele!”, e eu disse-te: “Não Pipa, não!”.

Viste o meu príncipe ao longe, disseste-me: “Olha ele ali, olha ele ALI!”, eu disse-te: “Sim Pipa, Sim…”.
Afinal tinhas razão
Era mesmo ele.

Viste surgir uma nova e linda história, uma história real.
Foste espectadora de primeira fila, como o director quando vê a filmagem pela primeira vez, viste tu, vi eu e viu ele, e mais ninguém.

E eu…
Eu sento-me contigo.
Falo disto falo daquilo, tento distrair-te, tento explicar-te.
Tento com abraços, tento com palavras.
Não consigo tirar-te o peso que carregas.
Tu sabes…
O Universo quer que sejas tu, só a ti cabe essa tarefa, só a ti cabe aprender com esta história triste.
Uma das coisas boas tens diariamente.
Das coisas más, tira mais boas!

Eu vejo-te a melancolia, eu vejo-te a força, eu vejo-te ceder, eu vejo-te sorrir, vejo-te desejar-me feliz, vejo-te feliz por mim.

E eu quero ver-te feliz!!
És a minha Pipokes e eu adoro-te.
A mi girl, minha super-pipokes.
Amazing como tu só tu sabes ser, fantástica, maravilhosa.

És forte!
És TU!
ÉS!

Podia dizer tanta e tanta coisa, no fundo tudo o que possa dizer fica aquém do que significou para mim conhecer-te.
O verão de tão pequeno que é ficou tão grande, a amizade começou há pouco tempo e já vivemos tanta coisa.
Tu estiveste, tu estás e agora, estarás sempre presente.

TXI ADORO MI GIRL!


quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Porque SIM!


Gosto de tudo o que me faça pensar.
Sou um pouco racional.

Gosto de ti…


Gosto de tudo o que me faça sorrir.
Sou amante da felicidade.

Gosto de ti…


Gosto de tudo o que me faça pular o coração.
Sou sensível.

Gosto de ti…

Gosto de tudo o que me faça sonhar.
Sou uma sonhadora.

Gosto de ti…

Gosto de tudo o que me faça brilhar o olhar.
Sou um ser de luz.

Gosto de ti…

Gosto de tudo o que me faça ficar sem força nas pernas porque toda a força está no coração.
Sou fraca, tenho o coração forte.

Gosto de ti…

Gosto de tudo o que me faça cair de joelhos, agarrar força para me levantar, sorrir para voltar a cair;
Gosto de tudo o que me faça chorar, chorar de saudade, chorar de medo. Saudades tuas, medo de te perder;
Gosto de tudo o que me faça pular de alegria, soltar sorrisos, dançar de felicidade.
Gosto de tudo o que me meta pirilampos nos olhos!

Gosto de ti...

Gosto de ti porque me fazes pensar.
(Eu penso sempre em ti!)

Gosto de ti porque me fazes sorrir.
(O teu lindo sorriso faz surgir o meu!)

Gosto de ti porque me fazes pular o coração.
(O teu coração apaixonou o meu!)

Gosto de ti porque me fazes sonhar.
(És um sonho!!!)

Gosto de ti porque me fazes brilhar o olhar.
(És radiante, apaixonaste-me!)



Gosto de ti porque SIM!!!

Amo-te!


E mais uma vez não há explicação.

quinta-feira, 31 de agosto de 2006

Tão doce...



Foi tudo tão surpreendentemente rápido, tão profundo…

Chegaste!

Entraste…
És cavalheiro, pediste licença.
Eu nem queria que pedisses!
Já a tinhas.
Mas tu pediste.

Tomaste conta…
És doce, agarraste com carinho.

Permaneces…
És suave, ficas sem te impores.

Fica o teu perfume, o teu sorriso, o teu beijo.
Ficam os teus olhos zangados, a tua boca fechada, fica no ar um: “PÁRA!”.
Ficas na cabeça, ficas no coração, ficas no corpo, ficas em mim…
Fica a saudade, fica o desejo, fica a vontade, fica a paixão, fica o amor.

Ficas TU!

O verbo ficar perdeu o sentido…
Mas tu NÃO.

És lindo, és como és.
Não há justificação…
É AMOR.


Amo-te…

terça-feira, 29 de agosto de 2006

Aconteceu!

Consigo sentir o doce toque da mudança que se instalou.

O doce mas não pequeno, não subtil.
Abrupto como ele só, que de segundo a segundo levou a dor que me cortava.




Como o tempo é ambíguo, por vezes tão pachorrento, outras vezes tão veloz.

Enquanto me doía as primeiras frestas de calor, as tardes alongavam-se até se perderem de vista.
Enquanto, o medo me assaltava de que tudo ficasse permanente e dolorosamente fixo, as tardes davam origem às noites, as noites às manhãs, as manhãs às tardes e tudo permanecia imóvel.

Tudo era estático…

Tudo…
A dor, o medo, a angustia.



De repente o tempo salta, o vento sopra, a dor dissipa-se, a mudança instala-se.

Os segundos já fazem a diferença e tudo já acontece!


Agora tudo corre…
Naturalmente,
E com felicidade…





Aconteceu!

quarta-feira, 9 de agosto de 2006

Medo



Eu tenho medo das palavras que possam surgir aqui.
Tenho medo do que possa dizer, do que possa sentir.

Particularmente do que possa sentir…

Tenho medo que não se apague tudo aquilo que quero apagar,
Se é que quero mesmo apagar.
Há coisas demasiado bonitas para serem apagadas.

Sinto tanta coisa e já nem sei o que sinto.
Só sei que…
Tenho medo de ter perdido…
A única coisa...

Que eu sempre quis.

Realmente, a única coisa que eu sempre quis


Acho que tenho saudades tuas.
Não é dos gestos.
É tuas...

domingo, 16 de julho de 2006

A vila depois de ti...



Foste-te embora e levaste contigo muito mais do que eu possa enumerar.

A coisa mais visível é o brilho no meu olhar que só era possível contigo.
Aquela felicidade que se espalha se estende a quem passa, que parece que não cabe em nós…
Isso foi embora, foi embora contigo…


Das coisas que mais me pesam:
A vila...
Aquela vila, a vila que nos viu crescer, que nos sentiu a correr nas suas ruas enquanto pequenos, que viu a nossa cumplicidade crescer sem saber o que iríamos viver a seguir.
A vila que nos viu apaixonarmo-nos, envolvermo-nos, tornar-nos um do outro…
A vila que foi palco de tantos beijos, de tantas brincadeiras, de tantos toques e de tantos olhares.
A vila que foi por mim proclamada de céu, onde os portões da felicidade se abriam para mim…
Essas ruas, esse castelo, essa vila hoje não tem a mesma cor.
E eu não posso passar por nenhuma dessas ruas, nenhum desses recantos sem sentir saudade, sem me lembrar de ti.

A felicidade cheira a ti, e essas ruas foram o palco dela.
Todas elas te contêm…
Afinal, foste tu que me ensinaste a percorre-las, foste tu quem me as apresentou.
E eu queria poder voltar a essas ruas com o mesmo olhar e o mesmo sorriso.
Era o que eu queria.

Contudo, amo essa vila, esse castelo, essas ruas.
Passo por elas com saudade, passo com elas com sentimento.
Procuro as pedras edificadas lá no cimo para me esconder, para me encontrar a mim.
E sim lembro-me de ti…


Vives aqui dentro!
Como podia não lembrar?

quarta-feira, 12 de julho de 2006

Afinal o amor descrito na literatura existe...



Escrevo estas palavras enquanto estamos separados.
Talvez um dia venhas a lê-las…
Estamos separados é verdade e contudo tu estás aqui, continuas enraizado no meu coração.
E sabes que mais?
Acho que ficarás para sempre.
Disse-te um dia: “Depois de ti mais nenhum homem me irá fazer assim feliz…”.
Hoje com o que se passou sinto mais ainda que és o homem, o amor da minha vida. Amo-te completamente dos pés à cabeça, sem limites.
Amo cada pedacinho teu, cada defeito, cada virtude, cada sorriso e cada olhar…
Com o que se passou percebo, ainda te consegui tirar alguma liberdade, ainda consegui pressionar-te de alguma forma e ainda consegui faltar-te com compreensão…
Perdoa-me que não sou perfeita.

Este tempo serviu para eu sentir o amor, o puro amor sem apego.

Amor eu não preciso de ti!
Eu amo-te!!!

Tenho saudades do teu ser…
Das vezes que me irritavas mas mesmo assim conseguíamos rir a seguir!

Consigo ver a minha presença à tua volta.
Na noite não te dou descanso…
Anseias por mim, desejas-me…
Desejas ardentemente os meus lábios nos teus, agarrar-me com força e manteres-me presa para sentires que sou tua, e para eu sentir que não posso ser de mais ninguém…
Agarras-me o pescoço, e eu não posso, não quero mais sair dali…
Encostas-me contra a parede, o meu pescoço é teu, o meu coração bate forte…
Tomas-me por completo…

No momento a seguir já não me tens!
Eu olho-te nos olhos, com o olhar que te provoca…
Sussurro-te no ouvido, és meu…
Posso ter-te quando quiser…
Fico ali, a ver-te desejar-me, a não controlares o desejo, a ansiares-me…

E tu sabes…
Eu tenho poder sobre ti…
Não o uso porque não quero!

Relembro o momento em que atravesso a porta do café…
Em que tu agarras o meu pescoço só com uma mão, com a outra me encostas à parede. Dizes como quem está zangado: “Porque é que hoje não dormiste em casa?”.
Não me deixas explicar…
Beijas-me…
Mais uma vez, a terra dissipa-se, os sons tornam-se longínquos, as pessoas desaparecem, ficamos só nós…

Eu e tu, presos, entre o céu e a terra.

Nunca me vou esquecer destes momentos…

O desejo, a paixão, o amor, tal e qual como é escrito nos livros!

segunda-feira, 26 de junho de 2006

Quero...



O dia está cinzento, e ao contrário de muitas pessoas, eu gosto.
Traz ao meu coração a melancolia que se tinha desvanecido com os fios de luz…
Esta opacidade cinza do céu faz com que as mais leves emoções cresçam e se espelhem no céu de forma que os olhos as consigam ver perfeitamente.


Liberto o espírito do corpo em que se aprisiona…
Sinto levemente o aroma de água salgada…
A brisa húmida do rebentar das ondas,
O som inconfundível do mar a abraçar a praia…

Anseio desesperadamente por esse cenário…
Contemplar o paraíso perdido, tão cinzento tão só,
Tão simples, tão ÚNICO…
Deixar que as ondas tocassem os meus pés,
A brisa húmida acarinhasse o meu rosto…
Sentar-me-ia no rochedo milenário, fecharia os olhos...

E não haveria mais nada…

Quero desesperadamente sentir o mar,
A brisa,
As ondas,
Quero desesperadamente sentir!

quarta-feira, 7 de junho de 2006

Like Kids!


OHH!!!

E agora?!

Agora…

Agora já não sei viver sem ti!



Pulaste!
Riste!
Saltaste!
Dançaste à minha volta…

Mandaste-me beijos...
Piscaste-me o olho!
Estendes-me os braços!!

Riste!
Saltaste!
Pulaste!
Dançaste à minha volta…
Numa dança hipnotizadoramente energética!

Agarras-me na mão fazes-me rodopiar!
Andamos os dois,
Corremos à volta,
Com a cabeça para trás a ver a brisa da alegria!
Deixamo-nos cair na relva…


Acalmamos com a doçura do olhar



Tu ris-te para mim…

Num instante olhas o céu,
Perdes o olhar.
Noutro instante encontra-lo nos meus olhos.
Fixas em mim,

Agora é doce…

Com o teu sorriso de menino reguila,
Esticas os braços!
Agarras a minha cintura!
Deixas os teus lábios tocar nos meus,
Num beijo electrizante!
Dizes: “EU AMO-TE…”!!!


UHM…
E agora?!


Agora já não posso viver sem ti!

terça-feira, 6 de junho de 2006


Quero esconder-me no teu abraço
Chorar como se não houvesse amanhã
Quero deixar de ver o mundo
Apenas escondida no teu abraço

Quero perder-me no teu sorriso
Esquecer que o meu já se desvaneceu
Chorar porque a minha alma se recolheu
Quero perder-me no teu sorriso

Quero prender-me no brilho dos teus olhos
Recordar o brilho que os meus já tiveram
Chorar porque não sei porque o perderam

Quero sorrir porque tenho preso a mim o brilho dos teus olhos,
A doçura do teu sorriso
E o calor do teu abraço…

Eu quero mas não consigo.

Quero apenas chorar perdendo-me no teu abraço, escondendo-me nos teus olhos e prendendo-me no teu sorriso…

Tenho saudades tuas…

terça-feira, 9 de maio de 2006


Uhmmmm…


Cheirava tão bem lá!

As minhas mãos tocavam levemente nas plantinhas suaves…
Elas beijavam os dedos um a um docemente.
Os meus pés diziam à terra ainda bem que já não te pesamos,
Eles andavam suavemente por cima dela sem lhe tocar.
A brisa envolvia o meu corpo, tornava-me leve como o próprio vento…
Soprava-me no cabelo e eu sorria feliz…


Sim, sim…
Estava-me a ir embora daqui.

Tinha morrido e estava mais viva do que qualquer um que passava por mim!
Sabia que tinha morrido…
Eles não me viam.




Eu estava feliz, não estava morta…
Estava ainda mais viva!!

VOLTEI!

Á minha volta o ambiente mudou!

Depois de ter estado com ele todo trocado.

A minha ausência acabou…


Estive sem Internet, sem pc e sem escritório!
Porquê???
Estava em obras!!



Mas agora, agora já estou de volta!
Apesar de muito trabalho…


Já havia saudades.
Mas a minha inspiração acho que se enfiou num poço bem fundo sem querer sair!



P.S. - Em breve passarei nos blog’s para actualizar a minha leitura =)

Fiquem bem e em PAZ…

segunda-feira, 17 de abril de 2006

E o anjo estendeu os braços.
Sentou a menina no colo.
Fez-lhe uma festa no cabelo e disse:
"Eu vou estar sempre aqui..."

A menina olha para ele com os olhos cheios de luz...
"Prometes?"

Ele olha-a enternecido:
"Mas será só quando o teu coração gritar..."

Ela entristece, dá-lhe um abraço e diz:
"Ou menos estás aqui..."

Ele sorri-lhe e ela sorri também.

Ele deita-a na cama, dá-lhe um longo e suave beijo na testa...
Ela adormeçe e fica calma...


A sua alma agradeçe ao Universo a presença dos anjos...

domingo, 16 de abril de 2006

E tinhas mais uma crise...


Era o dia de vir embora…
O dia não estava tão bonito como da última vez.



Este fim-de-semana tinha sido estranho, diferente.
O meu coração batia de um forma diferente.
Todo e qualquer gesto para mim era pesado e agressivo, as coisas tinham mudado de cor e o mundo estava ao contrário.
Procurei bem e vi que a felicidade ainda lá estava e novamente tudo se transformou.

...

Com a chuva a cair a força das lágrimas superou-me e ainda agora não sei porque chorava.

...

Tinha estado maior parte do tempo a pensar em tudo que se resume a nada.


Tu tinhas tido mais uma crise, e mais uma vez isolei o meu corpo.
Ali não havia ninguém.
Ainda queria que não sofresses, ainda o quero.



Era o dia de vir embora…
As coisas estavam calmas…
Por fora!

Era o dia de vir embora...

E eu já a fugir do lugar do meu coração, pensava no que se tinha passado aquela manhã…
As coisas aconteciam como se eu não estivesse lá, sentido apenas o que pairava no ar.


Pensei como tinha sido um almoço calmo com todos em volta da mesa, a família estava lá toda.
Ainda podíamos rir e dizer disparates.

Eu não conseguia…

Acabámos de almoçar e fomos arrumar as coisas.
No dia de Páscoa é sempre complicado viajar, tínhamos de nos apressar.


Fomos dar-te um beijinho, tínhamos mesmo de ir embora.
A tua ansiedade aumentou.
Querias que tivéssemos ficado, ou melhor, a minha mãe…
Não podíamos, ela não podia.
A tua ansiedade aumentou e tiveste outra crise.

...

Ainda não sei se estava de facto lá…

...

Só sei que sinto o peso daquele terrífico silêncio, que se fez sentir dentro daquelas paredes.
O religioso silêncio de palavras com o duro som das lágrimas a cair.
Sei que tinha a minha prima pequenina abraçada a mim e eu só conseguia dizer: “Calma…”

Choravam todos e doía-me o coração.

Quanto mais perto do fim mais difícil.
E eu nunca quis admitir.


Eu sei…
Tenho que procurar os Anjos outra vez.

segunda-feira, 10 de abril de 2006

Estarei aí...

Estou cansada!
Preciso de ti...

(Eu espero...)

Estende-me os braços por favor...

(Continuo a esperar...)

Eu sei...

O céu é longe!!

E é lá que tu moras...

Eu sei...

Mas preciso de ti!
Preciso de um abraço...

O doce beijo que colam os teus lábios nos meus...

UHM...
Em breve estarei aí!

quarta-feira, 5 de abril de 2006


Eram quatro da tarde e eu, sentada no banco de trás do carro, olhava pela janela.
Eu olhava pela janela com os olhos presos em nada, a ver os campos passarem e o carro voando por aquela tira negra, que os rasga, como um machado a cortar a lenha.
O meu coração dizia-me: “Caminhas para longe corpo, e eu… Eu vou ficando para trás.”
E eu sentia o peso de deixar para trás pessoas amadas, mesmo que, por uma ou duas semanas, pesava.



O dia estava quente, solarengo.
Um belo dia de Primavera.
Da janela, como uma menina que se perde em sonhos, observava os campos…
Tão verdes, tão floridos, tão alegres, tão luminosos, tão vivos, o meu oposto.
A mim…
A mim só me apetecia mandar parar o carro, pegar no volante, dar meia volta e ir ao encontro da vila que ainda aqui está guardada, e a muitas pessoas que amo.

O meu espírito saltava, pulava, e só se imaginava no meio daquelas plantas, deitada naquela relva, com uma roupa de menina, tão confortável como o ambiente que a minha alma encontrou…

E lembrei-me de ti Mi.
De ti que me ensinaste a sentir a brisa da manhã, sentada num tractor, a passear pelo campo.
De ti Mi, lembrei-me de ti e das manhãs, em que sem dormir, fiquei sem sono.

Porque me ensinaste a respirar na natureza e contagiar-me com a vida que ela transmite.
E agora a olhar para os campos tão verdes e tão vivos, penso como seriam os passeios pelo meio deles nesta altura. A cavalo ou a correr, de tractor ou a andar…

Contigo eu sei que iria.



Consigo sorrir apesar da distância aumentar, ao pensar nesses momentos, em muitos que nunca aconteceram.

Ainda virão muitas manhãs em que tu me dirás:
“Ficas cá e vais dormir um bocadinho!
Inês, tu não dormiste nada!
Que vais para além fazer???
Anda fica aqui a descansar.
És mesmo tonta…”
E que eu irei responder:
“Não fico, não fico nada…
Não ‘tou com sono.
Tenho vergonha.”

E tu nunca irás perceber o que me ensinaste com estas manhãs, aquelas em que todos dormem, mas que as tuas responsabilidades não te deixam.
E como de tão simples se tornam tão doces!

Virão ainda mais manhãs em que eu te direi:
“Mi, vamos ver as vaquinhas?”

E tu me responderás:
“Se tu quiseres.
Já sei que vais gostar da mais escanzelada.”
E agora já olhas para mim a sorrir, mas mesmo assim pensas:
“Não sei qual é a piada…”

E virão as belas tardes, e fim de tardes…
Havemos de rir.
E já prometi lavarmos o carro…

domingo, 26 de março de 2006

Monólogo com a ELA...


Estou a pegar na caneta!
Olhem, já vejo letras escritas!
=O OH!
E agora??
Contínuo??
Contínuo como?
Ainda não consegui responder a mim mesma, porque raio contínuo o escrever?

Mais meia dúzia de letras…

A minha alma pede-me para que escreva.
Que escreva para ti, para eles, para mim…
Ela insiste, a emoção existe, quando pego na caneta ela é única e diferente, o coração bate mais descompassado.

Que queres tu que eu lhes diga???
Tu não vês que eu ainda não te aprendi a ler?
Esqueces-te que te conheço há pouco tempo?
Apenas tomei consciência que estavas viva há alguns meses!!!
Agora, diz-me o que queres, se faz favor!

Se estou sozinha???
Mas que raio de perguntas me fazes!
Dentro destas 4 paredes, sim, estou sozinha!
Mas está lá fora a minha mãe.
Tenho aqui dentro, tantos e tão bons, seres.
Como posso dizer, algum dia, que estou sozinha?
Eu nunca estou sozinha!
Além disso…
Tu nunca me deixas só, oh conhecedora do inconsciente, sabedora do que me habita, dona do oculto…


Pronto está bem!
Chega de conversa fiada…
Mas ainda não sei explicar-lhes o que tu queres.
Desculpa, mas pelo menos hoje, não sei!

Sim adoro a música que estou a ouvir.
Mas porquê??
Meto outra?
Porquê???



Pronto já sei que não me vais responder.

Vou procurar outra.




Mudo a música.



Não sei porque continuo de caneta na mão.
Estou sempre a escrever sobre o mesmo.

O melhor é acabar com isto…

Olha, achei uma música que te faz falar-me de outra maneira.
Está bem!
Eu dou-te tempo e não acabo com isto!

Está bem…

Mas só até conseguir dizer-lhes o que tu queres…


OK!

Nunca te vais calar…

domingo, 19 de março de 2006

Fazes-me feliz!

Eu fico feliz só de olhar para ti sabias??

Lembrei-me agora de repente, da tua imagem, a dormir no banco do meu carro… Mesmo ali ao meu lado, tão perto, bastava esticar o braço e podia alcançar-te!
O teu rosto estava sereno, e a minha felicidade aquecia-me, apesar do frio.

Sim eu estava realmente feliz…

Só de olhar para ti.

Estava tão frio o ar, mas o meu coração batia tão quente, tão vivo…
Os meus olhos estavam felizes, fixados no teu rosto sossegado, que dormia um sono leve…
Que sonhavas tu meu amor?

Desesperava por tocar-te sabias?
Mas não…

Podia acordar-te, eu não queria.
Estavas lindo meu amor, sereno, a dormir.
Mas…
Tremias…
Tu começaste a tremer…
Estavas com frio, afinal, estavas a dormir, tapo-te e tu acordas…
Os teus olhos cruzam-se com os meus…

E tu nunca soubeste como é olhar para ti, o que o meu coração me diz…
Nunca te consegui explicar como é estar contigo, como é estar perto de ti.

Só sei que me parte o coração ver-te menos bem…
Quero tapar-te sempre!!

Sim eu sou feliz perto de ti!

sexta-feira, 17 de março de 2006

Tentativa de definir como estou...

Falta uma hora para tomar o comprimido...

Para ingerir mais uma certa quantidade de produtos químicos que me deve fazer bem ao ouvido…
Pois é…
Faz-me bem ao ouvido.
É verdade que ele me incomoda por não estar bem, mas o que me incomoda mais é o desconforto da alma.
Queria ingerir aquele comprimido e ficar bem, ficar bem de corpo e alma.
Todos e quaisquer problemas se resolvessem.

Porque não posso sair daqui, passear nas nuvens que me fazem feliz?!
Eu queria não pensar que estás a sofrer e eu não posso fazer nada!
Queria olhar para o dia-a-dia e esquecer que provavelmente estás a viver os últimos dias! E que para isso tens que sofrer.
Quem me dera poder dar-te um comprimido, que te tirasse todo o sofrimento e pudesses ficar bem de corpo e alma.



Temos mesmo que sofrer ao desencarnar??



Não estou muito bem anjo…

Queria estar mesmo muito feliz.

Ainda não compreendi o que se passa totalmente.

Só sei que isto me deixa triste.

Não consigo encontrar respostas!

Mas também, tão pouco consigo fazer perguntas…

Talvez consiga…



Porquê??????

quarta-feira, 15 de março de 2006

Voltei…

Voltei há uns dias, e ainda não tinha vindo visitar este espacinho escondido que revela mais do que se possa ler.


A rotina do dia-a-dia obriga-me a regressar…

As aulas não esperam, a vida não pára, para que eu possa descansar e deixar a minha alma descarregar de tudo e mais alguma coisa…

Ainda me pergunto se descansei no tempo que estive fora...

Acho que a resposta é: NÃO!

Descansei o corpo?
Um bocadinho…


Descansei a cabeça?
Outro bocadinho, sempre voltei com mais vontade de agarrar nos livros.


Descansei a alma?
Muito pelo contrário, o dia-a-dia que vivi impôs-me uma sombra.
Fui feliz e infeliz nestes dias…


Há coisas que por mais que não nos lembremos delas, estão sempre ali presentes, como um véu que nos escurece o sorriso.

A tua doença faz-me isso...


Pensar no que já se passou…

Tinham passado cerca de 3 meses, e voltar a uma rotina semelhante cansou-me muito a alma.
Ainda não estava preparada para isto.
Ainda não estava!

E...
Ainda não estou!

Ainda penso que as coisas podem ter um final diferente…
No entanto o presente é semelhante.

E viver tudo outra vez dói…
Dói e cansa!

quinta-feira, 2 de março de 2006

Fui!!!!
Eu fui!!
Fui de férias e não sei se quero voltar!


Até...

Quando o Sol se puser no horizonte, e o meu diário destino me ordenar!

Eu vou!

Eu vou...

Eu vou e queria poder não voltar.

Amanhã já não estou aqui, para o meu dia-a-dia, cruel e monótono.

Eu vou...

Lá sou muito feliz!

Mas aqui também!!
Confesso: não tanto!
Há coisas que nos fazem sempre falta...
Vocês são algumas delas!


Uma voz:
"Mas vai!
Vai agora!
E depois...
Depois volta!"

terça-feira, 28 de fevereiro de 2006

Sinceramente, pedaços de noites em que não há paciência para nada!


Já não percebo nada!
Agora estou bem,
Mas agora já não estou!

Olho a direito e não vejo nada!
Penso em branco e não percebo nada.
Peso o que me aborrece e o seu peso é nada!
Mas continua-me a aborrecer!!

E agora?
Que queres que te faça?!
Que te responda mal quando estou bem?!
Ou que te mime quando me apetece bater-te?!
Não quero fazer nada!

É díficil?!
Eu não quero fazer nada!
Nem dizer que sim, nem dizer que não!
Não quero pensar!


Já disse que não quero pensar!!!!

Não me obrigues a pensar!
Não me irrites!!

Está bem!
Já sei que não me fizeste nada!
Mas estou assim!
Quando estou bem tu não sentes.
Quando não estou bem digo que sim.
Mimo-te e mesmo assim não vês!

Isto já não faz sentido nenhum!


Falo comigo própria,
Irrito-me comigo e não saio do sítio!

São horas de estar na cama.
Ainda não sei o que estou aqui a fazer!

Acho que vou mesmo deitar-me!

Pois vou!


Já fui!

Mas ainda estou aqui!

(Olha Pascoal: Isto é estranho!
É estranho e não faz sentido!
Estou irritada comigo!)

Sei lá o que isto é!


"Agora que estou cansada posso-me ir deitar!

E as coisas que ficaram por fazer??


Quem quer saber disso quando se tem a alma cansada?

Vou deitar-me sim!


E não me venhas com teorias!


Já te disse que estou cansada!

Dói-me os olhos!
Chora-me a alma!

Pedem descanso, será que não vês??!!

Agora que estou cansada,
Que decidi não fazer mais nada,
Posso escrever o que me apetece!!
Posso pôr-me aqui a dizer o que quiser!

(Mas no fim!)


Só estou cansada e quero-me ir deitar…"

Ela encaminha-se para o leito da paz…
O mundo escurece.
A alma apaga-se!

E…


Descansa!!!!!

domingo, 19 de fevereiro de 2006

Porquê meu amor?


Porquê meu amor??
Porque não te posso ter aqui?
Enquanto choro, sozinha, no escuro da tua ausência…

O meu coração chama por ti como nunca fez por ninguém!
E por ti daria tudo, eu faria tudo!
Daria a minha vida em bandeja de prata para te ver sorrir.
Entregar-te-ia a minha felicidade nas tuas mãos, se fosse preciso, para ter aquele sorriso terno a olhar para mim.
Porque a ti meu amor, para mim. és digno de tal.
Mas, se me amares, nunca me irás pedir tal coisa…

Dava tudo para te ter aqui…

Eu dou tudo para te ver feliz!
Para mim, a tua felicidade tem tanto peso como quase toda a minha existência. É equiparável à minha!

Podia esperar por ti a vida inteira, nem que para isso chorasse todas as noites com saudades tuas.
Nenhum homem depois de ti…
Mais nenhum homem depois de ti me poderá fazer feliz, como me fazes agora!
Porque só tu meu amor…
Só tu, me mostraste as portas do céu, abriste-las para mim, me deste a mão e entraste comigo!

Só quero de novo encontrar abrigo nos teus braços, escutar o ondular do teu coração e ouvir a brisa da tua respiração.
Murmurar-te ao ouvido que és, de entre todos, o escolhido para mim.
Que eu sou tua e tu és meu…
Que te amo!

Quero apenas encostar a cabeça.
Descansar a alma, no seio da felicidade, que encontro nos teus braços!


Reflexos ternos, da saudade de um coração preso a um amor!

sábado, 18 de fevereiro de 2006

Só os Loucos!!


Só os loucos!

Só os loucos podem acreditar que o amor não faz sentido!
Só eles para não acreditarem que podemos viver de amor, ser consumidos por ele até ao último pedacinho da nossa existência.

Só os loucos!

No fundo somos todos loucos!!

Nunca ninguém acredita que a felicidade pode mesmo bater-nos na porta, abri-la de rompante e entrar por ela adentro sem pedir licença!
Nunca cremos que podemos dar um passo de olhos fechados para um precipício e sentir debaixo dos pés terra tão firme como o próprio rochedo.

Os homens, que vivem dos sonhos, não serão loucos?!

Eu??

Eu cá não sou louca!!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2006

Os anjos!


Numa terra que me habita agora o coração, que me habitou também na infância, descubro o meu céu escondido.
Aquele recanto entre as serras, encabeçado pelo castelo, que é palco dos doces sonhos, dos encantados momentos, que me esconde e protege, torna-se o meu céu.
Habitado pelos doces anjos que me ensinam a ver as estrelas que brilham no céu.
As estrelas que eles próprios colocam com as suas mãos de mel.
Esses anjos preenchem-me de alegria e não é mais possível caber em mim.

Com elas descobri mais ainda o grande valor da amizade.

Com ele descobri o que é o verdadeiro amor.

As minhas duas anjinhas pequeninas, que simplesmente me deixam de boca aberta por tudo e por nada.
Que me tocam profundamente…
Vocês as duas surgiram assim na minha vida e mudaram-na!
Simplesmente porque vos adoro!!

Minha Xixi linda,
Simplesmente vi-te crescer, fazes tanto parte da minha vida como quase eu própria!
Lembro-me de ti quase desde sempre.
Para mim continuas a ser a minha menina pequenina.
Quase te perdi por momentos e sei que se isso não tivesse acontecido, se calhar, hoje não dou o valor que dou a ter-te de volta!
E as palavras custam a sair quando deviam ser um abraço…
Porque um gesto por vezes vale mais que mil palavras.
Ainda bem que te tenho aqui…
Sabes que te adoro.
Que és mesmo brutal!
Mas isso também, pronto, todos vêem!!!
Linda, Adoro-te muito muito!!!
Todas as palavras se desvanecem perante TI!
Para sempre AQUI!

Xofizinha!
Para que saibas, adorei conhecer-te!!
Simplesmente adoro-te também!
Muito depressa comecei a adorar-te…
Estranho, mas verdade.
Como já te expliquei, porque é que acho que assim é, volto a dizer, és um ser que me é muito querido, não de agora, tu percebes…
Como tu dizes, uma amiga para a vida inteira.
Poucas pessoas passaram por mim que eu possa dizer que arriscaram a ficar mal por alguém.
Tu és uma dessas pessoas que arriscou muito por uma amizade.
Porque só por teres sido a autora desse acto sabes que me conquistaste.
É uma honra poder ter uma amiga assim e tu sabe-lo!
Adoro-te!

Poucas palavras, porque perante seres assim espectaculares, pronto, não há tanto para dizer…
Esgotam tudo!

Adoro-vos!!

Meu amor lindo,
Tu sabes que me dás o céu sem eu te pedir…
Preciso dizer mais alguma coisa?!
Amo-te!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2006

Dás-me o céu sem te pedir...


Penso em ti e tudo muda…
Os momentos que passei contigo fizeram-me acreditar no que é o amor.
Apenas tu conseguiste fazer de mim o que nunca fui.
Sem para isso teres feito qualquer gesto.
E afinal o amor que os poetas escrevem existe mesmo.
Aquele que apenas nos torna melhores.

Esticas-me os braços e levas-me a passear pelas nuvens de quem és dono…
Agarras-me na mão e fazes-me correr por cima delas.
A luz que nos ilumina penetra em mim tão profundamente, que me faz sentir parte dela.
A minha felicidade quando me esticas os braços já não cabe no pequeno espaço que ocupamos.
Simplesmente dás-me o céu sem eu te pedir nada.
Contigo o inacreditável torna-se possível…
Contigo, e só contigo, descobri o que é amar sem mágoa.

E agora que não tenho aqui os teus braços para me deixarem correr nas, os meus olhos enevoam-se…
A lágrima escorre pelo meu rosto, agora sim, menos feliz de quando me olhas com um sorriso terno.

E fica para sempre marcado cada momento que passei contigo.
E não posso desistir de um amor assim…
Porque a cada passo de dança que damos juntos vou descobrindo os pedacinhos que faltavam de mim.
Porque é o teu perfume que ainda sinto quando não estás.
Como se estivesses sempre.

E porque no fim, quando estou nos teus braços, quando olho nos teus olhos, quando os teus lábios tocam os meus, é como se fizéssemos parte um do outro que se conhecem desde sempre.

Porque por palavras é difícil descrever a música que o meu coração toca quando te vejo, quando te toco…

Apenas porque te amo!