quinta-feira, 31 de agosto de 2006

Tão doce...



Foi tudo tão surpreendentemente rápido, tão profundo…

Chegaste!

Entraste…
És cavalheiro, pediste licença.
Eu nem queria que pedisses!
Já a tinhas.
Mas tu pediste.

Tomaste conta…
És doce, agarraste com carinho.

Permaneces…
És suave, ficas sem te impores.

Fica o teu perfume, o teu sorriso, o teu beijo.
Ficam os teus olhos zangados, a tua boca fechada, fica no ar um: “PÁRA!”.
Ficas na cabeça, ficas no coração, ficas no corpo, ficas em mim…
Fica a saudade, fica o desejo, fica a vontade, fica a paixão, fica o amor.

Ficas TU!

O verbo ficar perdeu o sentido…
Mas tu NÃO.

És lindo, és como és.
Não há justificação…
É AMOR.


Amo-te…

terça-feira, 29 de agosto de 2006

Aconteceu!

Consigo sentir o doce toque da mudança que se instalou.

O doce mas não pequeno, não subtil.
Abrupto como ele só, que de segundo a segundo levou a dor que me cortava.




Como o tempo é ambíguo, por vezes tão pachorrento, outras vezes tão veloz.

Enquanto me doía as primeiras frestas de calor, as tardes alongavam-se até se perderem de vista.
Enquanto, o medo me assaltava de que tudo ficasse permanente e dolorosamente fixo, as tardes davam origem às noites, as noites às manhãs, as manhãs às tardes e tudo permanecia imóvel.

Tudo era estático…

Tudo…
A dor, o medo, a angustia.



De repente o tempo salta, o vento sopra, a dor dissipa-se, a mudança instala-se.

Os segundos já fazem a diferença e tudo já acontece!


Agora tudo corre…
Naturalmente,
E com felicidade…





Aconteceu!

quarta-feira, 9 de agosto de 2006

Medo



Eu tenho medo das palavras que possam surgir aqui.
Tenho medo do que possa dizer, do que possa sentir.

Particularmente do que possa sentir…

Tenho medo que não se apague tudo aquilo que quero apagar,
Se é que quero mesmo apagar.
Há coisas demasiado bonitas para serem apagadas.

Sinto tanta coisa e já nem sei o que sinto.
Só sei que…
Tenho medo de ter perdido…
A única coisa...

Que eu sempre quis.

Realmente, a única coisa que eu sempre quis


Acho que tenho saudades tuas.
Não é dos gestos.
É tuas...